Dos 50 senadores que votaram a favor da REFORMA TRABALHISTA, aprovada na
noite de terça-feira (11/07) em plenário, 37 são declarados SENADORES EMPRESÁRIOS, devido à
relação formal ou informal com a força de trabalho no meio rural e por terem
participação societária em corporações, ações ou possuírem alguma empresa ou
fazenda em seu nome. Os dados constam de levantamento exclusivo do CONGRESSO EM FOCO junto aos registros
de candidatura de cada um deles junto à Justiça Eleitoral, referentes às duas
eleições passadas (2010 e 2014). O total é equivalente a 74% dos senadores que
votaram favoravelmente à reforma trabalhista patrocinada pelo governo MICHEL
TEMER, denunciado por corrupção passiva ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Duas das mais numerosas bancadas do Senado, PSDB e PMDB são os partidos
com mais senadores empresários ou acionistas de empresas ou corporações
congêneres. São 9 (nove) os do PMDB no grupo de parlamentares-empresários, e
são 7 (sete) os do PSDB nessa situação.
De 13 (treze) senadores favoráveis
à reforma trabalhista e que declararam ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) não possuírem bens que os classificam como empresários ou
detentores de ações, propriedades ou bens correlatos que confirmem o contrário,
um deles foi eleito por Mato Grosso do Sul: WALDEMIR MOKA, (PMDB).
As alegações dos senadores favoráveis
à reforma trabalhista - Projeto
de Lei 38/2017 – são de que as flexibilizações trabalhistas são necessárias e
urgentes em tempos de crise de altas taxas de desemprego, uma vez que geraria
mais postos de trabalho, reduziria a informalidade e desafogaria a Justiça do
Trabalho. Em contrapartida, para a oposição, tais argumentos camuflam o fato de
que se trata de uma legislação feita sob encomenda para aumentar juros e
facilitar a vida dos empresários.
Em nome de seus eleitores de MATO GROSSO DO SUL, foram 3 (três) os SENADORES-EMPRESÁRIOS que votaram a
favor da reforma: PEDRO CHAVES (PSC), SIMONE TEBET
(PMDB) e WALDEMIR MOKA (PMDB).